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Andrea Ferro fala sobre antigos membros e novidades

Foto: Paolo Rossi

Durante a turnê europeia do Lacuna Coil, o vocalista Andrea Ferro concedeu uma entrevista para a Inside the Mosh e a Xpress Radio, comentando sobre o último trabalho da banda, o "Delirium", sobre as boas críticas do público e da mídia, sobre antigos integrantes, dentre outras coisas. Confira o que ele falou:

 

- Sobre a mistura de novas e velhas influências em "Delirium":

 

A cada passo que demos em nossa carreira, mudamo um pouco, ou mudamos o nosso som, mas sempre de uma forma que você possa reconhecer nossas características. Mesmo nesse álbum que é mais pesado, tem mais baixos-duplos e mais vocais gritados, ainda existe um equilíbrio entre as duas vozes eu e Cristina (Scabbia), as partes mais extremas e as melódicas. Ainda existe uma atmosfera sombria nas músicas. É diferente, mas, definitivamente, tudo se conecta em uma mesma linha. Nós definimos o nosso som. Não importa que tipo de direção tomamos, podemos ir um pouco mais pro rock, um pouco mais pro metal mas, em geral, nós temos o nosso estilo próprio.

 

- Sobre a crítica e os fãs gostarem da banda:

 

Sim, nossa música tem uma grande variação de gostos. Se você gosta de coisas melódicas, você tem algo pra ouvir e, se você gosta de música mais pesada, você também tem música pra ouvir. Nós sempre tivemos esse equilírio que se encaixa perfeitamente pra qualquer tipo de público. Essa é a razão pela qual temos pessoas de todas as idades em nossos shows, alguns são bem jovens, como a nova geração, outros tem a nossa idade ou são mais velhos. Isso é muito importante pra nós porque é bom ter esse tipo de apelo para pessoas diferentes. É música pra gente madura, mas também é pra nova geração de fãs. Algumas vezes, nós temos mais a galera do metal, outras vezes a galera do rock, então é bom ter essa variedade de pessoas que cantam nossas músicas, mas que também pulam, fazem moshpits. É bom ter esses dois públicos.

 

- Sobre o que ele gosta de ver no público dos shows do Lacuna:

 

Acho que é a platéia quem faz o show. Você pode cantar melhor ou pior, pode se ouvir melhor ou pior em certos palcos ou com certo equipamento, mas, o que realmente faz o show é a interação entre banda e platéia. Se o público responde às músicas, canta junto e interage com a banda, é aí que você tem um show especial, que todo mundo vai lembrar, nós, banda, e público. Quando você tem só a banda tocando e a galera apenas escutando, é legal, mas não é um show memorável. Acredito que precisa haver um envolvimento profundo das duas partes pra se tornar um show especial que você vai lembrar e nós, como artistas, vamos valorizar. Mas, além disso, as pessoas vão dizer: "naquela noite eu me diverti, perdi a voz. Eu realmente gostei de estar lá e tive uma experiência única." Algumas vezes, depois de uma sequência de shows, você agradece. Tipo, é outro dia, outra cidade, outro show, mas agora nós estamos mais velhos, apreciamos o fato de que pessoas estão vendo para nos ver por uma noite e eles gastaram seu dinheiro em um mercado complicado, onde tem shows quase todo dia. Pessoas gastaram seu dinheiro nisso, ou compraram uma camiseta. Eles realmente vem e nos dão suporte, e querem estar ali e isso não passa batido. Quando você é jovem, você pensa: "Ah, ok, outra cidade, outro show." Mas, agora, nós aproveitamos cada show. Tentamos fazer cada uma das noites, não importa se estamos cansados ou não, um evento especial pra todos.

 

- Sobre lidar com mudanças internas na banda:

 

Algumas vezes é necessário, mesmo que não seja fácil e você pense: "Eu não quero passar por isso e encontrar gente nova." Mas, no fim das contas, isso é estimulante e você reconhece que tendo alguém novo que está tranquilo e quer estar ali. É muito importante, mesmo que seja doloroso, mas é muito importante para o futuro da banda.

- Sobre as mudanças recentes de integrantes que rejuvenesceram o Lacuna Coil:

 

Sim, especialmente se alguém na banda, ou mesmo fora, na entourage, perde a paixão por isso ou encontra algo diferente, então é realmente frustrante pra gente porque queremos tocar o projeto. Você precisa de pessoas que tenham, ao menos, a mesma intensidade que nós, se não mais. Isso aconteceu com membros da banda. Nós mudamos muito nos últimos dois anos e não foi fácil porque estivemos com eles por muito tempo. Nós fizemos a maior parte de nossa história com eles e somos amigos mas, obviamente, as pessoas querem tomar direções diferentes em suas vidas e temos que respeitar isso. Agora temos novas pessoas conosco, nós realmente gostamos da energia que eles trazem pra banda.

 

- O que falta para a banda realizar:

 

Sempre tem algo novo, especialmente desde que o negócio vem mudando de forma tão rápida e radical desde que começou a época dos downloads e agora nós temos o streaming.  O jeito que os negócios são feitos é diferente. Shows são muito mais importantes e o polimento é importante. Venda de discos e listas perderam um pouco a importância. Mudou muito. Nós mesmos, tivemos que nos adaptar. As redes sociais são muito importantes, então você tem que ter uma grande presença lá. É empolgante por um lado, mas por outro você tem muito mais trabalho. Mas ainda existem várias coisas que podemos alcançar. Nós queremos ir a lugares que nunca fomos, nós nunca tocamos na África. Seria legal tocar na África do Sul, ou Israel, ou países árabes. Isso seria legal. Ainda temos muito a fazer. Nós sempre olhamos pra frente. Temos um novo projeto saíndo nesse natal. Sempre tem algo novo.

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